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Hospitais de Catanduva só tem medicamentos para UTI para mais 3 ou 4 dias.

Hospitais de Catanduva só tem medicamentos para UTI para mais 3 ou 4 dias.

A Fundação Padre Albino, mantenedora dos hospitais Emílio Carlos e Padre Albino, através da sua Diretoria de Saúde, realizou uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira, às 11:00 horas, no Anfiteatro Padre Albino.

A saúde em risco

A coletiva serviu para anunciar um grave problema da saúde em Catanduva, o desabastecimento de medicamentos utilizados nas UTIs para ao atendimento de pacientes que usem respiradores, o que é imprescindível nos casos de COVID-19.

A principal preocupação é a falta de medicamentos utilizados na manutenção dos pacientes respiratórios agudos internados, como anestésicos, sedativos e relaxantes musculares, também utilizados para todos os outros pacientes que, ocasionalmente, precisem de cirurgia com anestesia geral e de UTI com o uso de ventilação mecânica.

Problemas de distribuição em todo o Brasil

A falta de medicamentos se deve a situação vivenciada em todo o país e a recorrente falta de distribuição em todo o Brasil, provocando dificuldade na aquisição e resultando na suspensão de cirurgias eletivas em quase a totalidade das unidades hospitalares do país. “A flexibilização não é um convite para as pessoas saírem nas ruas e sim para garantir a sobrevivência das empresas, mas abusos estão sendo cometidos e estamos vendo o reflexo disso: a quantidade de pessoas na rua está aumentando e as filas dos hospitais também”, ressaltou o administrador do hospital Emílio Carlos, Benedito Carlos Rodrigues.

Fundação Padre Albino

A FPA é responsável pelo atendimento de urgência e emergência de Catanduva e mais 18 cidades da região e diariamente divulga boletins informativos com dados atualizados sobre o coronavírus. “Só vamos modificar a curva ascendente desenfreada do número de casos seguindo à risca as medidas de prevenção”, frisou a diretora de Saúde e Assistência Social da Fundação Padre Albino, Renata Rocha Bugatti, ao ressaltar os 212 casos confirmados da doença na cidade até o dia 11 de junho.

As autoridades reforçaram que para que não haja falta de leitos e medicamentos é importante que as pessoas fiquem em casa na medida do possível, usem máscaras, cuidem da própria saúde e daqueles que amam, evitem aglomerações, reuniões em família e amigos, além de evitar a bebida em excesso.

Os motivos da falta

Inquiridos pelos repórteres presentes, os representantes dos hospitais e da prefeitura justificaram a falta repentina como um processo que ja se desenrolava ha algum tempo, em todo o Brasil, que os preços dos medicamentos utilizados aumentaram 5 vezes, desde o principio da pandemia, mas que, mesmo assim, as entregas estavam sendo feitas regularmente, ate a semana passada, quando os fornecedores simplesmente avisaram que não entregariam mais os medicamentos, pois os estoques estavam zerados, que a produção dos sais com os quais os medicamentos são feitos estão em falta por todo o mundo.

A um dos jornalistas, que questionou qual a provável duração dos estoques existentes, foi respondido que o estoque existente deve durar por 3 ou 4 dias.

Isolamento e a crise da falta de medicamentos

O representante do Catanduva Show questionou o secretário de saúde do Município, Ronaldo, o porque da implementação da flexibilização do isolamento no município se esta falta de medicamentos estava acontecendo. Ronaldo respondeu que a prefeitura foi pega de surpresa pois a suspensão da entrega dos medicamentos foi repentina.

Participantes da coletiva a diretora de saúde da FPA,  

Da esquerda para a direita : O vice-presidente do São Domingos Saúde, Dr. Marco Aurélio Guardia, o diretor médico do Hospital Emílio Carlos, Dr. Jussemar Roces Rios, o administrador do Hospital Emílio Carlos, Benedito Carlos Rodrigues, o diretor médico do Hospital Padre Albino, Dr. Luís Fernando Colla, o representante da Unimed Catanduva, Dr. Emmanuel Ortiz Affonso, o secretário de Saúde, Ronaldo Carlos Gonçalves Junior, o médico infectologista da FPA, Dr. Arlindo Schiesari, a diretora de saúde da FPA, Renata Rocha Bugatti.

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1 comentário

comments user
Rayane

Deveria fechar o comércio novamente, porque infelizmente o povo não respeita

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