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“Todas as pessoas importam e cada ação conta” é o tema da ação global em prol das pessoas refugiadas em 2020″

Data é comemorada em 20 de junho e celebrações se estendem aos próximos dias

Uma transmissão ao vivo com a leitura de livro infantil, um debate, a exibição de um documentário seguida de apresentação de orquestra e uma exposição virtual marcam a participação do Sesc São Paulo nas celebrações em torno do Dia Mundial do Refugiado (20 de junho) no Brasil. A agenda está sendo organizada pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e seus parceiros.

Estudos e Narrativas

No Portal do Sesc São Paulo, a página “Culturas em Transito: Refúgio e Migração” traz conteúdos que abordam a questão do refúgio, além de reunir narrativas de pessoas que vivem essa experiência no Brasil atualmente, e um videoclipe inédito da Orquestra Mundana Refugi, com uma homenagem de Chico Buarque, autor da música “Caravanas”, escolhida especialmente para essa edição do Dia Mundial do Refugiado.

No dia 19 (sexta-feira), às 16:00 hs, o ACNUR e o Sesc São Paulo promovem a
leitura do livro infantil “Amal e a Viagem mais Importante de sua Vida”,
da jornalista Carolina Montenegro. Esta contação de história para crianças
brasileiras e imigrantes será transmitida via Instagram, nos canais ACNUR
Brasil e Caçando Estórias).

No dia 20 (sábado), às 12:00h, a série Crianças #EmCasaComSesc traz uma transmissão ao vivo com a atriz, bailarina e artista-educadora Marina Esteves, na adaptação do espetáculo “Quando eu morrer vou contar tudo a Deus”, do coletivo paulista O Bonde, em que é fundadora e pesquisadora.

Baseada em fatos reais, a história conta as aventuras de Abou, um menino africano refugiado que foi encontrado dentro de uma mala, tentando entrar no continente europeu. Abou, junto com sua mala Ilê – companheira, abrigo e animal de estimação – enfrentou dificuldades com criatividade, imaginação e coragem.

No mesmo dia, às 16:00 h, a transmissão ao vivo do bate-papo “A questão do Refúgio no Contexto da Pandemia” aborda questões centrais para as pessoas em situação de refúgio no contexto da pandemia de Covid-19 no Brasil, e as projeções para o futuro. Com Carlos Daniel Escalona Barroso, jornalista da Venezuela que vive em situação de refúgio no Brasil, Camila Sombra, do Escritório do ACNUR em São Paulo e Victor Del Vecchio, membro do ProMigra (Projeto de Promoção dos Direitos de Migrantes) da Universidade de São Paulo. O debate será transmitido no YouTube do Sesc São Paulo.

No dia 21 (domingo), às 15h, no canal do ACNUR Brasil no Youtube, acontece
a “Live de Todos os Povos”, com exibição de documentário sobre a orquestra Mundana Refugi e um videoclipe com o arranjo para o tema Caravanas, de Chico Buarque, como homenagem às pessoas em situação de refúgio.

Já no dia 23 (terça-feira), no Portal do Sesc São Paulo, será lançada a exposição em realidade virtual “Em Casa, no Brasil”, também fruto de uma
parceria entre o ACNUR e o Sesc São Paulo. A mostra, que na sua versão presencial já passou pelo Sesc Piracicaba, permitirá aos visitantes conhecer a estrutura de uma unidade de habitação usada em campos e abrigos para pessoas em situação de refúgio – só no Brasil, há 600 dessas unidades instaladas em seis locais diferentes. Os visitantes também poderão ouvir depoimentos sobre memórias e razões que as fazem se sentir em casa, atualmente, no Brasil.

25 anos de parceria

O governo brasileiro estima que cerca de 43 mil
pessoas reconhecidas como refugiadas vivam hoje no país, além de quase 300 mil solicitantes de refúgio. Essas pessoas vieram de mais de 50 países diferentes. Desde 1995, com a assinatura do convênio com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) o ACNUR e a Cáritas Arquidiocesana de São Paulo, o Sesc São Paulo desenvolve atividades socioculturais e educacionais direcionadas a esse público. Entre elas estão o Curso de Português para Refugiados e a emissão da Matrícula de Interesse Social (MIS) – o cartão de matrícula no Sesc estendido a todos os refugiados e solicitantes de refúgio residentes no estado de São Paulo.

Além das noções básicas da Língua Portuguesa, o curso aborda hábitos e costumes da cultura brasileira para pessoas refugiadas e solicitantes de refúgio. O curso é gratuito, tem duração de dois meses e é realizado ao longo do ano nas unidades Vila Mariana, Consolação, Carmo, Bom Retiro, Pompeia, 24 de Maio e Campinas.

Projeto Refugi

Outra iniciativa é o Projeto Refugi, realizado em 2017 no Sesc Consolação, que recebeu e acolheu dezenas de refugiados e imigrantes em oficinas de música e dança, debates, encontros e concertos e apresentações. Dessa experiência nasceu a Orquestra Mundana Refugi, com músicos vindos da Síria, Palestina, Congo, Guiné, Irã, França, China e Cuba, além dos anfitriões brasileiros. Juntos há três anos, levam ao público releituras de temas tradicionais de alguns países, além de composições autorais. Ouça aqui o álbum gravado em 2017.

Sobre o dia mundial do refugiado

Desde 2001, o Dia Mundial do Refugiado é celebrado globalmente em 20 de
junho, de acordo com resolução aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Para o ACNUR, a data é uma oportunidade para homenagear a coragem, a resiliência e a força de todas as mulheres, homens e crianças forçadas a deixar suas casas por causa de guerras, conflitos armados e perseguições. Estas pessoas deixam tudo para trás – exceto a esperança e o sonho de um futuro mais seguro.

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