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Tarsício pretende fechar salas de aula em dezenas de escolas de SP

Tarsício pretende fechar salas de aula em dezenas de escolas de SP

Levantamento da Apeoesp mostra previsão de fechamento de pelo menos 101 classes do ensino médio noturno e 5 classes de Educação de Jovens e Adultos para 2025

Segundo materia de Glauco Faria, no site Revista Forum, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) realizou um levantamento que aponta a previsao diofechamento de pelo menos 101 classes do ensino médio noturno e 5 classes de Educação de Jovens e Adultos (EJA), em 43 escolas estaduais da rede pública paulista de ensino para o proximo ano. 

A Apeoesp diz que os números ainda não sao os finais, e que podem ser maiores, já que informações de algumas escolas não indicam o número de docentes e alunos prejudicados, nesta previsão pelo menos 3.917 estudantes e 382 professores serão atingidos. 

O sindicato alerta que as mudanças afetam os direitos de pessoas que não puderam estudar na idade certa.

“Milhares de estudantes trabalham, frequentam outros cursos ou desenvolvem outras atividades durante o dia e não podem ter seu acesso ao conhecimento tolhido por decisão de um governo que visa apenas cortar despesas com a Educação”, diz nota da entidade.

Cortes na Educação

O fechamento de salas está dentro do contexto dos cortes que o governo paulista pretende fazer na educação ao alterar a Constituição do estado e permitir que recursos hoje obrigatórios possam ser retirados do setor, ja que, hoje, o estado é obrigado a gastar 30% da receita de impostos com educação e 12% com saúde.

A PEC 9/2023 de Tarcísio de Freitas, aprovada em primeiro turno na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em 13 de novembro, reduz a obrigatoriedade na área educacional de 30% para 25% e a diferença pode ser direcionada para uma ou outra área.

Governo do estado tenta justificar os cortes

Quando encaminhou o projeto à Alesp, o governo paulista alegou que não estava “propondo a redução de investimentos”, mas uma “desvinculação de até 5%”. E afirmou ainda que ocorre uma “queda na demanda por educação (dado o menor número de crianças por família) e ampliando a necessidade por recursos na área da saúde”. A questão é que a justificativa não considera a superação do déficit educacional, como o ensino a pessoas atendidas pelo EJA, por exemplo.

Em nota divulgada ao jornal Folha de S. Paulo, a secretaria de Educação do governo paulista não informou quantas salas serão fechadas e nem o número de escolas e estudantes afetados. “As unidades que não tiverem número de alunos suficientes que justifiquem o período noturno terão seus alunos transferidos para outras escolas, com transporte garantido se residirem a uma distância maior de 2 km da unidade”, afirma a secretaria.

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