Reunidos em Catanduva, prefeitos decidem aumentar as restrições para combate ao COVID-19

Catanduva lidera

O Prefeito de Catanduva, Padre Osvaldo de Oliveira Rosa, liderou movimento regional para tomar decisões, de forma coletiva, frente ao avanço da covid-19. Com essa finalidade, reunião realizada na manhã desta segunda-feira, dia 1º de março, contou com a presença de representantes de 19 municípios, a maioria prefeitos.

Durante as deliberações, os prefeitos concordaram em colocar a região, que está na Fase Laranja do Plano São Paulo, em uma “Fase Intermediária”, sem cair na Fase Vermelha. “Houve consenso em adotar medidas mais rígidas, diante da alta na ocupação de leitos nos hospitais de Catanduva. Vivenciamos uma crescente onda da doença. Temos tomar atitudes para diminuir o número de doentes positivos para que a estrutura de assistência tenha fôlego”, destacou Padre Osvaldo. Um protocolo de intenções foi assinado pelos gestores dos municípios.

Serviços considerados essenciais.

Conforme o documento, os serviços considerados essenciais poderão funcionar com limitação de horário de funcionamento, das 6 horas até às 20 horas, mediante redução de circulação interna de até 50% de sua capacidade, em cada estabelecimento.

Nesse quesito se enquadram: farmácias, mercados, padarias, postos de combustíveis, lavanderias, transporte coletivo, hotéis, pousadas e outros serviços de hotelaria e restaurantes. Nesse contexto, as atividades de drive-thru e delivery ficam permitidas, de acordo com as regras da Fase Laranja, estabelecidas no Plano São Paulo.

Serviços considerados não essenciais

Enquanto que, os serviços considerados não essenciais deverão ter sua capacidade reduzida em no máximo 30% de circulação interna e limitação de horário de funcionamento das 6 às 20 horas. No rol de serviços não essenciais são elencados: shoppings, lojas de artigos esportivos, roupas variedades e similares; concessionárias; escritórios; lanchonetes; academias; salões de beleza; cinemas, teatros e outros estabelecimentos culturais; templos religiosos de qualquer culto. Já os bares poderão funcionar no sistema delivery ou drive-thru, sem consumo no local.

Serviço público

Além disso, as unidades de saúde poderão funcionar com 100% da capacidade de pessoal, assim, também, os serviços de água e esgoto, obras e zeladoria. Com relação aos serviços funerários, o horário de funcionamento será entre as 6 horas e 18 horas, com capacidade reduzida para 10 pessoas conjuntamente. As demais repartições públicas funcionarão com sua capacidade presencial, reduzida, se for o caso, em sistema de rodízio, possibilitando o trabalho remoto quando possível.

As novas regras começam a valer na próxima quarta-feira, dia 3 e se estenderão até o dia 14 de março. O documento ficará sujeito a alterações, seguindo classificações do Plano São Paulo.

Assinaram o protocolo de Intenções representantes das cidades:
Catanduva, Palmares Paulista, Pindorama, Ariranha, santa Adélia, Pirangi, Paraíso, Novais, Embaúba, Tabapuã, Catiguá, Sales, Marapoama, Urupês, Elisiário, Itajobi, Novo Horizonte, Fernando Prestes. Irapuã manteve posicionamento de permanecer na Fase Vermelha.

Opinião do editor

Face aos números divulgados pela própria prefeitura no dia de hoje (01/03) onde somam-se aos 211 mortos mais 3 e aparecem lotados nossos hospitais, tanto públicos como particulares, um acordo desta monta aparece como uma ação “para inglês ver”. Certo da imposição da fase vermelha à região de Catanduva, o que se mostraria coerente com o tratamento de todas as regiões atingidas pela pandemia, os prefeitos locais buscaram um “meio termo” na tentativa de agradar o governo do estado e espantar o fantasma da inação.

Entendemos, pelos dados constantes no Boletim do Coronavírus expedido agora de tarde pela prefeitura, uma ocupação de 50% na UTI e 72,7% na enfermaria do hospital particular da cidade, porém, o hospital público, apresenta 95% de ocupação dos leitos da UTI o que significa que só um leito está disponível, enquanto a enfermaria alcança a absurda cifra de 127,2 % de ocupação.

Se neste momento, 5 catanduvenses de classe média alta ou de classe alta apresentassem sintomas graves de COVID teriam leito de UTI para serem socorrido, porem se estes mesmos 5 catanduvenses não tivesse posses, se fossem populares, 4 deles teriam que ser enviados à outras cidades, ou morreriam nos corredores do Emilio Carlos esperando vaga na UTI.

Não é hora de dourar a pílula…. Somente ações fortes dos poderes públicos salvarão vidas.